lDepois de muitas tentativas frustradas, enfim consegui assistir hoje ao filme Tropa de Elite 2. Confesso que mesmo conhecendo já todos os problemas abordados no filme, seus personagens e toda a sua história e conjuntura, saí da sala de cinema com a sensação de um soco no estômago e com uma raiva que mesmo horas depois de encerrada a sessão, continua a latejar em meus neurônios. Essa raiva que no início era de ordem fisiológica, agora se tornou uma ira racional. Digo isso por que não consigo parar de me questionar sobre quais os motivos que levaram a exibição do filme, ter sido feita só depois das eleições. O filme já estava a mais de um mês pronto, inclusive sua estreia, estava marcada para setembro. Gostaria de ter a oportunidade de ficar cara a cara com José Padilha, e perguntar a ele bem diretamente o motivo pelo qual essa excelente produção, não foi exibida antes. Será que o poderoso e podre sistema do qual o filme fala na maior parte do tempo, é o mesmo sistema que possibilitou a produção da obra? Essa questão que tanto ronda minha mente, clarividêncio eu, que nem mesmo o autor saberia responder.
Toda a produção e pós-produção do filme, é impecável, sem ter muito o quê falar á respeito, a não ser tecer elogios. Impressionante a capacidade que Padilha e sua equipe possuem, de em um filme de ficção, retratar tantas verdade que estão aí claras para os olhos dos que não negam a verdade nem os fatos. Para as mentes que não se deixam enganar por discursos moralistas, e nem estão imersos em pré-conceitos guiados por uma hipocrisia que acaba por cegar e criar uma realidade totalmente inexistente. Apesar de ser uma obra de ficção, vi personagens que mais se assemelhavam com figuras públicas do que com personagens “fictícios”, percebi em alguns diálogos “fictícios” as mesmas palavras que amigos próximos usam em seus discursos, percebi em algumas cenas “fictícias” imagens estampadas em jornais diariamente e que circulam todos os dias pela internet. Enfim, Tropa de Elite é um filme de ficção, que está mais próximo da realidade do que todos nós.
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