Por Otavio Augusto Moreira da Cunha
Existem muitas pessoas que acreditam que o jornal impresso está com os seus dias contados. Muito se fala das novas tecnologias e nos seus efeitos a curto e a longo prazo. Outras pessoas como eu, apostam que o jornal está mais vivo do que nunca, e que a tendência não é o desaparecimento do jornal impresso, pelo contrário, clarividêncio eu, um futuro longo e duradouro ao jornal impresso. Como imaginar o fim de um dos mais confiáveis veículos de comunicação que temos? Devemos antes de tudo entender que ao longo do aparecimento e do desenvolvimento das novas tecnologias de comunicação, houve sempre uma adaptação do veículo antecessor, para com o novo meio. Ou seja, o surgimento da TV, não pôs fim ao rádio, pelo contrário em cidades do interior o rádio ainda é o único veículo de comunicação da população local. Pensar que o jornal impresso está com os seus dias contados por causa dos avanços das tecnologias da Comunicação, á meu ver, é um olhar pessimista e ignorante( ignorante no sentido de que desconhece a própria História da Comunicação ) de um futuro de infinitas possibilidades. O jornal faz parte da cultura da humanidade, o hábito de acordar e ler o jornal ao tomar o café da manhã, é um hábito que sempre foi passado de gerações em gerações, e continua até hoje sendo disseminado em milhares da lares ao longo do planeta. O jornal está tão inserido dentro da sociedade em termos culturais que chego a pensar: o que seria das donas e donos de animais de estimação que utilizam o jornal do dia anterior para seus bichinhos fazerem suas necessidades? Números como os apresentados pela câmara do senado onde 54% da população nacional nunca usou um computador e 67% nunca navegou na internet são dados relevantes que nos levar a pensar que muito poucas pessoas tem acesso a internet sem falar que ainda é muito alto o número de analfabetos no mundo. Em relação aos anunciantes que são a base da economia dos jornais, apesar de haver uma queda no em relação ao faturamento com a publicidade nos jornais impressos, o lucro que os sites dos veículos conseguem devido a credibilidade da marca impressa, são infinitamente maiores que as perdas do impresso. No New York Times a queda em publicidade caiu 3% em contrapartida o faturamento com anunciantes do site do jornal lucraram 16% com os mesmos anunciantes. Muitas das pessoas que tem acesso à internet concordam que as notícias veiculadas na rede são de baixo conteúdo, ou seja, o texto muitas vezes não passa credibilidade nem fornece a informação procurada pelo leitor. O jornal impresso além de ser um veículo que tem credibilidade, ele se aprofunda muito mais na apuração do fato, tem uma preocupação em chegar ao mais próximo da veracidade do noticiado. Em um país como o Brasil, onde as desigualdades sociais, a hipocrisia e a corrupção continuam sendo a tônica da sociedade, acredito eu que o jornal impresso está muito longe de ter seu fim, de passar a ser apenas uma lembrança na mente de leitores saudosistas. Com toda a bandalheira que existe nos órgãos públicos, nas instituições de um modo geral, duvido muito que as pessoas deixem de comprar o jornal e passem a se informar através do uso de novas Tecnologias da Informação. Ao meu ver, as novas tecnologias, vem para somar, com a sua chegada os jornais tendem a cada vez mais aprofundar, apurar e manter a qualquer custo o status que alcançou ao longo de todo o seu surgimento.
Estudante de Comunicação Social - Editor de vídeo - Cinegrafista
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